quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Em tempos de desintegração é preciso uma boa dose de imaginação para suportá-lo. Ter muitas identidades pode ser um caminho para não cair no rótulo do bom cidadão, neste enquadramento tolo e alienador do politicamente correto. Não nos damos conta, mas é sempre a mesma rotina medíocre que milhares de pessoas levam diariamente. Não posso jamais ser funcionária pública, credo, dá até medo. Sempre que recebo o informe de concurso público lembro do livro do Orwell, o 1984. Depois que li esse livro não consigo mais desvincular a idéia do Estado como um personagem de ficção autoritário. O pior é que ainda assim faço a inscrição nesses concursos. Mas o que me dá mais medo mesmo é a conformação das pessoas. Sabe aquele papo escroto que é assim mesmo e que nada vai mudar? Pois é. Não agüento. Não fico nem perto de gente assim, é uma virose fatal. Daquelas que vão matando aos poucos. Porque essas pessoas não lêem um bom romance? Porque não aprendem a imaginar? Esse é o grande barato de ser historiadora. Não, não é o fetiche pelo documento o meu tesão. Não suporto os arquivos empoeirados, cheirando a mofo e morte. Gosto da imaginação intrínseca do oficio de historiar. Mas queria mesmo é viver de arte. Porque somente assim sinto a liberdade acareciar-me a face. Por isso não paro nunca e me invento a cada dia. Sou designer gráfica, fotógrafa e historiadora ou vice e versa. Posso ser também qualquer outra coisa em qualquer outro dia. Descobri que o segredo é desaprender a cada dia, para não conformar. A vida não pode e nem deve ser assim, tão vazia, rápida e fluida. Ei, não são as imagens que nos definem, cuidado, isso é uma armadilha. Viver é correr o risco permanentemente. Eu corro sempre. Sou 330 por hora. Tenho mil projetos, idéias e sonhos. Dizem que sou romântica. Mais uma vez, cuidado, são apenas rótulos sem graça e sem design.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Portifólio


Marmoarias
Exposição Recortes Recentes
Atelier da Imagem, 2004




Série Estudos de movimento da cor, 2004
Mostra de Arte Contemporânea
Laurinda Santos Lobo, 2004




Verosímel
UniversidArte, 2000

Um pouco de flamenco

Fotografei algumas Companhias de Dança Flamenca durante alguns anos, tenho um acervo em filme bastante extenso.