terça-feira, 14 de outubro de 2008

The woman's labour

Um relato de um mulher trabalhadora, Mary Collier, então uma lavadeira de Petersfield, Hampshire, em 1739:

[...] e qundo chegamos em casa,
Ai de nós! vemos que nosso trabalho mal começou;
Tantas coisas exigem a nossa atenção,
Tivéssemos dez mãos, nós as usaríamos todas.
Depois de pôr as crianças na cama, com o maior carinho
Preparamos tudo para a volta dos homens ao lar:
Eles jantam e vão para a cama sem demora,
E descansam bem até o dia seguinte;
Enquanto nós, ai! só podemos ter um pouco de sono
Porque os filhos teimosos choram e gritam
[...]
Em todo trabalho (nós) temos nossa devida parte;
E desde o tempo em que a colheita se inicia
Até o trigo ser cortado e armazenado,
Nossa labuta é todos os dias tão extrema
Que quase nunca há tempo para sonhar.


Retirado do capítulo "Tempo, disciplina de trabalho e o capitalismo industrial"do livro Costumes em Comum de E. P. Thompson.

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