terça-feira, 9 de novembro de 2010

A exposição é uma morte lenta

Cada vez que me exponho aqui e nas redes sociais eu morro um pouco. Simplesmente deixo de ser eu e passo a ser um passado revisistado por seres virtuais. Na maioria das vezes cito, mostro, apelo para outras vozes, é mais fácil, menos doloroso do que mostrar o meu lado canalha.

sábado, 8 de maio de 2010

A indecência pode ser saudável

(D.H. Lawrence - 1885 ~ 1930)

A indecência pode ser normal, saudável;
na verdade, um pouco de indecência é necessário em toda vida para a manter normal, saudável.
E um pouco de putaria pode ser normal, saudável.
Na verdade, um pouco de putaria é necessário em toda vidapara a manter normal, saudável.
Mesmo a sodomia pode ser normal, saudável,desde que haja troca de sentimento verdadeiro.

Mas se alguma delas for para o cérebro, aí se torna perniciosa:
a indecência no cérebro se torna obscena, viciosa,
a putaria no cérebro se torna sifilítica
e a sodomia no cérebro se torna uma missão,
tudo, vício, missão, insanamente mórbido.

Do mesmo modo, a castidade na hora própria é normal e bonita.
Mas a castidade no cérebro é vício, perversão.
E a rígida supressão de toda e qualquer indecência, putaria e relações assimleva direto a furiosa insanidade.
E a quinta geração de puritanos, se não for obscenamente depravada,é idiota.
Por isso, você tem de escolher.

terça-feira, 2 de março de 2010









Algumas páginas do livro "The end of the print" - projeto gráfico de David Carson
www.davidcarsondesign.com

É incrível como David Carson não foi compreendido nem mesmo aceito por boa parte dos designers. Alguns o criticam pelo fato de não ter uma "formação" acadêmica. Ainda bem, né! Ele inovou a estética gráfica nos anos 1990, quando apresentou a proposta de ilustrar com a tipografia, destituindo-na apenas do papel da legibilidade. Hoje é lugar comum identificarmos essa estética em revistas, sites e demais mídias. Uma obra de arte e de muito talento.

Engavetamento da História



O "Engavetamento da História" trata-se de uma prática muito comum encontrada nas principais universidades brasileiras e estrangeiras. O seu objetivo principal é delimitar o pensamento intelectual em gavetas que podem ser feitas de ferro maciço ou mesmo de plástico transparente. Cada gaveta possui um título que naturalmente confere um sentido específico à prática do historiador. Assim, por exemplo, é possível encontrar gavetas de história política, de história cultural, de história comparada, de história das mentalidades etc.

Acima, vocês podem conferir a propaganda de tal prática que vem sendo divulgada aos interessados em ingressar neste maravilhoso espaço do saber universal, denominado vulgarmente, a Universidade.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Adeus, Mindlin! Grande homem



Adeus, Mindlin. O que dizer?

Colecionador de livros desde os treze anos, investiu parte do seu patrimônio na formação de uma imensa biblioteca de títulos relacionados à cultura brasileira. Além de colecionar, o bibliófilo também patrocinou a publicação de fac-símiles de fundamental importância para a história do livro e da leitura no Brasil. Tais como, a revista literária modernista Revista de Antropofagia (1975), neste projeto Mindlin teve a preocupação de reproduzir as edições de 1928 e 1929 e conta também com uma introdução de Augusto de Campos. Outra contribuição de Mindlin foi o fac-símile do manuscrito de O Quinze (2008), obra da escritora Raquel de Queiroz. O manuscrito, de 78 anos, pertencia ao acervo do bibliófilo. O projeto editorial e a apresentação gráfica ficaram a cargo da arquiteta Diana Mindlin. Os dois volumes impressos, com apresentação do bibliófilo José Mindlin foram distribuídos gratuitamente nas bibliotecas, universidades e colecionadores.

O original de O Quinze foi tido durante muitos anos como desaparecido, José Mindlin conseguiu comprá-lo de uma pessoa que somente o vendeu com o compromisso de que seu anonimato fosse mantido. E mais: que apenas depois da morte de Rachel de Queiroz pudesse ser revelada a guarda do manuscrito na biblioteca de José Mindlin. A publicação permitirá a um grande número de pesquisadores fazer estudos com edições mais recentes da obra.

Esta trajetória movida por uma paixão pelo livro e pela leitura nos permite, hoje, ter acesso a obras raras disponíveis na Coleção Brasiliana doada por ele à Univerdidade de São Paulo - USP. O acervo conta com 20 mil títulos entre relatos de viajantes, literatura brasileira e portuguesa, documentos, folhetos e várias primeiras edições de obras importantes.


E voltando a questão inicial, só tenho uma coisa a dizer: obrigada.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Em tempos de desintegração é preciso uma boa dose de imaginação para suportá-lo. Ter muitas identidades pode ser um caminho para não cair no rótulo do bom cidadão, neste enquadramento tolo e alienador do politicamente correto. Não nos damos conta, mas é sempre a mesma rotina medíocre que milhares de pessoas levam diariamente. Não posso jamais ser funcionária pública, credo, dá até medo. Sempre que recebo o informe de concurso público lembro do livro do Orwell, o 1984. Depois que li esse livro não consigo mais desvincular a idéia do Estado como um personagem de ficção autoritário. O pior é que ainda assim faço a inscrição nesses concursos. Mas o que me dá mais medo mesmo é a conformação das pessoas. Sabe aquele papo escroto que é assim mesmo e que nada vai mudar? Pois é. Não agüento. Não fico nem perto de gente assim, é uma virose fatal. Daquelas que vão matando aos poucos. Porque essas pessoas não lêem um bom romance? Porque não aprendem a imaginar? Esse é o grande barato de ser historiadora. Não, não é o fetiche pelo documento o meu tesão. Não suporto os arquivos empoeirados, cheirando a mofo e morte. Gosto da imaginação intrínseca do oficio de historiar. Mas queria mesmo é viver de arte. Porque somente assim sinto a liberdade acareciar-me a face. Por isso não paro nunca e me invento a cada dia. Sou designer gráfica, fotógrafa e historiadora ou vice e versa. Posso ser também qualquer outra coisa em qualquer outro dia. Descobri que o segredo é desaprender a cada dia, para não conformar. A vida não pode e nem deve ser assim, tão vazia, rápida e fluida. Ei, não são as imagens que nos definem, cuidado, isso é uma armadilha. Viver é correr o risco permanentemente. Eu corro sempre. Sou 330 por hora. Tenho mil projetos, idéias e sonhos. Dizem que sou romântica. Mais uma vez, cuidado, são apenas rótulos sem graça e sem design.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Portifólio


Marmoarias
Exposição Recortes Recentes
Atelier da Imagem, 2004




Série Estudos de movimento da cor, 2004
Mostra de Arte Contemporânea
Laurinda Santos Lobo, 2004




Verosímel
UniversidArte, 2000

Um pouco de flamenco

Fotografei algumas Companhias de Dança Flamenca durante alguns anos, tenho um acervo em filme bastante extenso.