quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Minha Adesão ao Movimento "Cansei"

Cansei da classe "mérdia" e das tradicionais elites brasileiras que não escondem o seu preconceito de classe e que até agora não engoliram que alguém vindo do andar de baixo e que não freqüentou os bancos da USP ou da PUC tenha chegado à presidência da república;
Cansei da plutocracia paulista que, encastelada nos Jardins, se aproveita da dor dos parentes das vítimas do acidente com o avião da TAM para colocar lenha em uma campanha golpista contra um governo legitimamente eleito;
Cansei da indignação classe média do Arnaldo Jabor - o sex symbol da terceira idade - que não perde a oportunidade, em meio à sua pretensa "ira santa", de escrever reiteradamente sobre como "o governo anterior era bem melhor que o atual”;
Cansei do neo-udenismo da Heloísa Helena, do esquerdismo infantil da Luciana Genro, do bom-mocismo tijucano do Chico Alencar, do discurso "politicamente correto" do Gabeira, das mágoas e ressentimentos pessoais do Cristóvam Buarque;
Cansei de ver o FHC posando de paladino da ética e da moralidade pública e dando sugestões de como o governo Lula deve agir para resolver "os graves problemas que afligem o país";
Cansei das repetitivas crônicas dominicais do João Ubaldo Ribeiro - que poderiam simplesmente se chamar "Variações em torno de um mesmo tema" -, visto que o nobre acadêmico freqüenta sempre o mesmo boteco do Leblon. Talvez, se ele mudasse um pouco e passasse a freqüentar também alguns bares dos subúrbios e da Baixada Fluminense, ele conseguiria ampliar suas perspectivas (e seu cabedal etílico);
Cansei dos artigos da Míriam Leitão apresentando a solução para todos os problemas econômicos do país e afirmando sempre que aquilo que acontece de bom na economia brasileira é resultado das políticas implementadas pelo governo FHC e da conjuntura internacional favorável e que tudo que acontece de ruim é resultado da "incompetência e das falhas de gestão" do governo Lula;
Cansei das centenas de matérias publicada em "O Globo", no "Estadão" e na "Veja" denunciando o "gigantismo e a ineficiência do Estado brasileiro", bem como o "inchamento do setor público" perpetrado pelo governo Lula e propagandeando as vantagens do "Estado Mínimo" e a "maior eficiência do setor privado";
Porém, confesso, também cansei da postura conciliadora e da falta de colhões do nosso presidente para bater de frente com esses setores golpistas e acelerar as reformas necessárias ao desenvolvimento do país. Com todas as críticas que tenho (e são inúmeras) ao governo venezuelano, ficaria muito satisfeito se o "Companheiro" Lula tivesse, pelo menos, um terço da testosterona do "Comandante" Chávez!

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